Retém a instrução e não a largues. guarda-a, porque ela é a tua vida. (Pv. 4:13)

Retém a instrução e não a largues. Guarda-a, porque ela é a tua vida. (Pv. 4:13)

6 de setembro de 2011

CÁLCULO DO ACASO EM UM MUNDO INCERTO
Excluindo a certeza da morte e dos impostos, poucos aspectos da nossa vida se furtam às leis do acaso. Um grupamento imprevisível de genes determina a nossa constituição física. Um encontro não planejado pode decidir nosso casamento ou emprego. Um descuido pode levar-nos ao hospital e o feliz acaso de um bilhete de loteria pode aumentar tremendamente nosso imposto de renda. “O tempo e a sorte- como diz o Eclesiastes - são para todos os homens.” Incapazes de controlar o acaso, recorremos ao que está a nosso alcance: tentamos avaliar a probabilidade de ocorrência de determinado fato. Entremeamos nossa linguagem com os advérbios de contingência: geralmente... provavelmente... talvez. Todas as vezes que pensamos num acontecimento ainda não consumado, ou cuja realização esteja fora de nossa influência, fazemos automaticamente uma estimativa de probabilidade.
A aferição das probabilidades sempre preocupou o homem, desde épocas imemoriais. E desde o século XVII passou a ser objetivo sério dos matemáticos, cujas pesquisas nesse setor resultaram em verdadeira especialização: a Matemática das probabilidades, fornecendo meios para cômputo do acaso, muito mais rigoroso do que a simples estimativa dos leigos. Para o matemático, probabilidade é percentagem: freqüência com que ocorre o fenômeno em relação às alternativas possíveis. As probabilidades de eventos específicos podem ser combinadas para avaliar a probabilidade de uma cadeia de eventos. É necessário, porém, formular certas regras básicas para o cálculo de tais combinações; essas regras são conhecidas como leis do acaso.
Bergamini, David et alii. As Matemáticas. Rio de janeiro, José Olympio 1969.