Retém a instrução e não a largues. guarda-a, porque ela é a tua vida. (Pv. 4:13)

Retém a instrução e não a largues. Guarda-a, porque ela é a tua vida. (Pv. 4:13)

28 de setembro de 2010

O VOTO

O voto é coisa MUITO séria. Os políticos não tem se comprometido com o seu papel. Antes de votar pense e pesquise sobre o seu candidato. Se ele não tem temor a DEUS não pode ser nosso representante. CUIDADO COM O QUE VOCÊ FAZ COM O SEU VOTO!


A POLÍTICA À LUZ DA BÍBLIA
1. A idéia bíblica O que a Bíblia tem a dizer sobre política? Na verdade não encontramos na Bíblia a palavra “política” nem uma definição da mesma. Obviamente não poderia porque a Escritura Sagrada não é um manual ou tratado político. Entretanto, encontramos nela, do Gênesis ao Apocalipse, a idéia explícita de política. Folheando suas páginas verificamos que o conceito bíblico de política é o conceito do próprio Deus e de Seus escritores sagrados. A arte de bem governar e administrar com competência são exigências constantes de Deus. Basta lermos, à guisa de exemplo, o livro do profeta Isaías. Isaías é corretamente denominado pelos estudiosos de “profeta da justiça social”. Sua reivindicação pela justiça social como resultado de uma política responsável e consciente era a reivindicação do próprio Deus que o enviara a profetizar. 

2. Causa e solução das crises. A causa das crises sócio-econômicas a nível mundial está numa política defeituosa. E qual seria, por sinal, a causa deste defeito? É simples: a maioria dos líderes políticos estão querendo dirigir o mundo sem Deus e sem a Bíblia. Acredite, o maior e melhor programa de governo de todos os tempos é a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Leia Deuteronômio 17.18-20. Além disso, observe o exemplo do povo de Israel na Bíblia. Leia a história dos reis de Israel. Os reis que governaram sob o temor de Deus e em obediência à Sua Palavra foram bem sucedidos. O segredo de uma política eficiente não está na forma de governo (monarquia, democracia, etc) e nem no regime político (parlamentarismo, presidencialismo), mas na aplicação prática dos princípios morais e civis da lei de Deus. Não estou dizendo que devemos restabelecer a teocracia que Israel por fim acabou abandonando. No mundo de pecado em que vivemos é impossível um governo eminentemente teocrático, contudo, quando os princípios bíblicos regem a conduta e a moral dos dirigentes Deus abençoa a nação. Quando João Calvino (1509-1564) aplicou em Genebra (Suíça) os princípios da “constituição de Deus”, a Bíblia, ele revolucionou de maneira extraordinária a vida daquela cidade. A reforma religiosa e político-social de Calvino é um marco da história que comprova, entre tantos outros exemplos semelhantes, que fé em Deus e administração pública é uma mistura que dá certo. 

3. Jesus, Pedro e Paulo e a política. O maior conceito de política que a Bíblia nos apresenta foi dado pelo Senhor Jesus Cristo. Certa feita o mestre foi interpelado por pessoas mal intencionadas sobre a questão do pagamento de impostos ao imperador romano. “É lícito pagar tributo a César, ou não?”, perguntaram. Jesus pediu que mostrassem uma moeda e interrogou: “De quem é esta efígie e inscrição?”. “De César”, responderam. Então lhes disse: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. Em outras palavras o Mestre queria dizer: “Sim, devemos pagar imposto. Honrar a Deus não significa desonrar o imperador”.
Sem dúvida os apóstolos Pedro e Paulo tinham em suas mentes o ensino de Jesus ao tratarem em suas cartas de “alguns temas políticos”. Ambos enfatizam a importância da obediência e honra às autoridades pelo simples fato de serem “ministros de Deus”, conforme a expressão usada por Paulo. A desobediência civil é justificada na Bíblia somente quando as autoridades intencionalmente se opõem ao evangelho de Jesus para cometerem injustiças (cf. At 4.18,19). E se a desobediência civil não fosse justificável somente nesse sentido, Pedro e Paulo jamais insistiriam em suas epístolas pela obediência às autoridades (Rm 13.1-7; I Tm 2.1,2; I Pe 2.11-17). É interessante esse apelo apostólico porque Pedro e Paulo e as igrejas a quem eles se dirigiam viviam, naquela época, sob o governo déspota e tirano do imperador Nero. Porém, a recomendação de deveres não era pelo que o imperador e as demais autoridades significavam em si mesmos, e sim, porque ocupavam a posição político-administrativa instituída por Deus. Lembremos que quando Pilatos disse a Jesus: “Não sabes que tenho autoridade para te soltar, e autoridade para te crucificar?”, a resposta do nosso Senhor foi: “Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima (de Deus) não te fosse dada”. Quando Jesus diz em Mateus 22.21 “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” não quis dizer, como bem observou Francis Schaeffer:
DEUS e CÉSAR Foi, é e sempre será assim: DEUS e CÉSAR
Por causa dessa autoridade que vem de Deus é que o povo tem deveres para com as autoridades constituídas. E por causa dessa mesma autoridade vinda de Deus é que os políticos devem tratar o povo com justiça e respeito.

4. O propósito da política segundo a Bíblia. Observe que de acordo com a Bíblia, a política em si é boa porque foi instituída por Deus. O problema está no fato de que nem sempre a política é devidamente utilizada. Isso acontece porque nem todos estão aptos para entender o propósito da política. Qual a finalidade da política? Acredito que os teólogos da assembléia de Westminster, Inglaterra (1643-1648), definiram biblicamente o propósito da política quando disseram: “Deus, o Senhor Supremo e Rei de todo o mundo, para a sua glória e para o bem público, constituiu sobre o povo magistrados civis (líderes políticos) que lhes são sujeitos, e a este fim, os armou com o poder da espada para defesa e incentivo dos bons e castigo dos malfeitores”. Veja nessa declaração que a finalidade da política é dupla. Deus a constituiu para 1) a Sua própria glória e 2) o bem público. Perguntar não ofende: Será que este duplo propósito da política está sendo cumprido em termos de Brasil? É evidente que não, pois notamos ainda na declaração de Westminster que as autoridades receberam da parte de Deus o poder da espada para a defesa dos bons e castigo dos maus. A impunidade desonra a Deus. 

Em suma a Bíblia valoriza a política e os políticos. A primeira porque faz parte da própria essência administrativa de Deus. Os segundos porque são agentes de Deus (quer estejam conscientes ou não disso; quer acreditem ou não nisso) a fim de governarem com seriedade para que Deus seja glorificado e o povo respeitado. 
Rev. Josivaldo de França Pereira - Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil (I.P.B.) em Santo André - SP. Bacharel em teologia pelo Seminário Presbiteriano

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